O ministro do Interior de Moçambique, Amade Miquidade, alertou sexta-feira os funcionários do Serviço Nacional de Imigração (SENAMI) contra a transformação da instituição numa porta de entrada do país para terroristas e outros criminosos.
Abordando as actividades que assinalam o 46º aniversário do SENAMI, em Maputo, Miquidade declarou que a instituição não deve servir de porta de entrada para terroristas, sendo o controlo da imigração nas fronteiras nacionais e a fiscalização de estrangeiros importantes para a segurança interna.
O país, afirmou, enfrenta ataques terroristas especialmente na província de Cabo Delgado, no norte. O SENAMI deve, assim, redobrar os seus esforços e não deixar espaço para os imigrantes ilegais gozarem de conforto e paz dentro do território moçambicano.
“É seu dever agir com coragem e dignidade, pois são servidores públicos. Quando você presta serviços a cidadãos nacionais ou estrangeiros, deve-se garantir rapidez e disponibilidade atempada dos documentos necessários ”, acrescentou.
Após o levantamento de algumas medidas restritivas contra a pandemia Covid-19, ele instou o SENAMI a reabrir os pontos de entrada que haviam sido fechados.
“É outro desafio para nós, porque o aumento da demanda deve ser respondido com esforços renovados, mas sem prejudicar as medidas de prevenção da Covid-19 nos pontos de entrada, bem como nos locais onde se busca documentos de viagem”, afirmou. apontando que tal movimento irá reduzir a contaminação e garantir um rápido retorno à normalidade.
A diretora do SENAMI, Arsenia Massingue, disse que o tema do 46º aniversário “Inovando para Servir Melhor” espelha a visão da instituição pública nas portas de entrada.
Ela reafirmou que o SENAMI vem fortalecendo a fiscalização contra estrangeiros que permanecem em situação irregular no país. Ela disse que o SENAMI prendeu recentemente vários intermediários envolvidos em esquemas de imigração clandestina, alguns dos quais já foram condenados e agora cumprem penas de prisão.
O SENAMI despachou funcionários para 14 missões diplomáticas e consulares para a emissão de documentos de viagem, numa tentativa de garantir que os moçambicanos que vivem na diáspora não tenham de regressar a casa apenas para obter um passaporte.