Moçambique reafirmou a sua determinação em aprofundar as relações com a China no âmbito do Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (também conhecido por Fórum de Macau) e da Iniciativa Belt and Road.
De acordo com o diário de Maputo “Noticias”, esta promessa foi feita terça-feira em Dakar pela ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros, Veronica Macamo, durante o último dia da oitava conferência ministerial do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC).
Macamo identificou as principais áreas de enfoque, que estão em alinhamento com a Agenda 2063 da União Africana, que incluem: o aprofundamento da cooperação na arena internacional em questões de interesse comum; aumento do comércio entre a China e a África e uma maior abertura dos mercados chineses aos produtos africanos por meio de um acordo comercial preferencial; a diversificação financeira de projetos de aumento da capacidade produtiva com maior foco no investimento estrangeiro direto; a formação de parcerias público-privadas e joint ventures; e a mecanização da agricultura para aumentar a produção de alimentos e impulsionar a industrialização africana.
O ministro referiu a necessidade de apoiar as Pequenas e Médias Empresas (PME) devido ao seu potencial de criação de empregos, principalmente para os jovens. Ela também destacou o papel da formação técnica e profissional na condução da produção.
Além disso, Macamo saudou a China por sua decisão de fornecer um bilhão de doses de vacinas Covid-19 ao continente africano. O anúncio foi feito na segunda-feira pelo presidente chinês, Xi Jinping, durante seu discurso na sessão de abertura da conferência do FOCAC.
Durante sua estada em Dacar, Macamo manteve reuniões de trabalho com a Ministra das Relações Exteriores do Senegal, Aissata Tall Sall, e o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.
A conferência FOCAC foi realizada na segunda e terça-feira sob o tema “Aprofundar a Parceria China-África e Promover o Desenvolvimento Sustentável para Construir uma Comunidade China-África com um Futuro Compartilhado na Nova Era”.