Chuvas torrenciais e ventos fortes mataram pelo menos uma pessoa e destruíram mais de 50 casas no fim-de-semana, na província de Manica, no centro de Moçambique.
As chuvas também destruíram salas de aula e outros equipamentos sociais e económicos nos distritos de Macate, Sussundenga, Gondola e Macossa, bem como na capital provincial, Chimoio,
O chefe do departamento técnico da secção provincial do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), Vernito Gonda, disse que a tempestade privou cerca de 270 pessoas das suas casas.
“Depois do mau tempo, temos famílias a viver ao ar livre”, disse. “Estamos trabalhando para minimizar o sofrimento das famílias que perderam parte de seus bens”.
O INGD, acrescentou ele, disponibilizou kits de socorro para as vítimas da tempestade. “Identificamos as famílias”, disse Gonga, “e com base na pesquisa que realizamos, os elegíveis estão recebendo nosso apoio em ajuda alimentar e itens de higiene. Também entregamos barracas para abrigar famílias que ficaram desabrigadas. A obra visa criar condições mínimas de vida e aliviar o sofrimento dos atingidos ”.
De modo a evitar mais perdas de vidas humanas e danos materiais, Gonga disse que o INGD está a monitorizar os níveis dos rios que cruzam Manica – em particular o Zambeze, o Pungue, o Buzi e a Revue.
Durante a estação das chuvas, esses rios freqüentemente estouram suas margens, causando inundações em partes da província.
“Também reativamos alguns comitês de emergência locais, que estão trabalhando para conscientizar a população sobre as medidas de precaução que devem ser tomadas para evitar mortes e maiores danos”, disse Gonga. “Em algumas regiões, já foram posicionados barcos, para uso em missões de busca e resgate”.
Ele acrescentou que a população local nas áreas afetadas, em sua maioria, está aceitando as recomendações para deixar as áreas sujeitas a inundações, embora alguns indivíduos estejam relutantes em fazê-lo.