Senegal pede que China se envolva na região do Sahel, devastada pela guerra

A ministra das Relações Exteriores do Senegal, Aissata Tall Sall, disse no domingo que espera que a China dê apoio na luta contra a insegurança na região do Sahel, dominada pelo conflito, no início de uma cúpula China-África.

Dirigindo-se a repórteres na capital, Dacar, após conhecer seu homólogo chinês Wang Yi, Sall disse esperar que a China seja uma “voz forte” no combate ao terrorismo na vasta região semi-árida.

Militantes islâmicos atuam em grande parte do Sahel, ao sul do deserto do Saara, travando um conflito que continua há anos, apesar da presença de tropas francesas e de forças de paz das Nações Unidas.

A declaração de Sall foi feita no início de uma cúpula China-África no Senegal, que deve se concentrar em questões comerciais e também de segurança. Termina na terça.

A cúpula segue uma visita este mês do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, às nações africanas do Quênia, Nigéria e Senegal, em um cenário de rivalidade crescente entre Pequim e Washington.

A China investe pesadamente na África e é o maior parceiro comercial do continente, com comércio direto de mais de US $ 200 bilhões em 2019, de acordo com a embaixada chinesa em Dacar.

O presidente da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi e o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa devem comparecer à cúpula no Senegal.

O presidente chinês, Xi Jinping, também deve fazer um discurso por videolink na segunda-feira, segundo os organizadores.

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