Moçambique: Estado aberto a licitações russas na 6ª ronda de licenciamento

O governo moçambicano em Moscovo convidou quinta-feira as petrolíferas russas a participarem na 6ª ronda de licenciamentos, a ser lançada em Dezembro, para o desenvolvimento de projectos no sector no país.

O presidente do Instituto Nacional do Petróleo (INP) de Moçambique, Carlos Zacarias, disse aos jornalistas que o país estará aberto a avaliar propostas de concessão de blocos de exploração de hidrocarbonetos de empresas russas como Gazprom, Rosneft e Zarubezhneft e de petrolíferas de outros países participantes na 6ª rodada de licenciamento.

O Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, manteve reuniões em Moscou com executivos das três empresas: Zarubezhneft, Gazprom e Rosneft, relata O Páis. Carlos Zacarias acompanhou o Ministro Tonela nestas reuniões.

“Estas empresas, Zarubezhneft, Rozhneft e Gasprom, foram convidadas a juntar-se às oportunidades de investimento em Moçambique, inclusive na ronda de licenciamento que vamos lançar.

A Rozhneft está um pouco mais avançada, pois tem uma concessão de parte de Angoche ”, afirmou.

Zacarias adiantou que o país vai continuar a promover o seu potencial na área dos hidrocarbonetos, principalmente gás, porque este recurso é importante para a transição energética, por ser o menos poluente dos combustíveis fósseis.

“Já existem áreas pré-definidas para a próxima licitação internacional de hidrocarbonetos no país”, disse.

Moçambique já conta com a presença de várias empresas multinacionais do sector do petróleo, principalmente na bacia do Rovuma, uma área rica em gás natural.

Apesar da crescente pressão internacional para abandonar o uso de combustíveis fósseis, o governo moçambicano defende que o gás natural será uma fonte crucial para a transição energética visto que é o menos poluente dos combustíveis fósseis.

Uma delegação do Ministério dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique encontra-se na Rússia para a reunião plenária do Processo Kimberley, mecanismo internacional de controlo do negócio de diamantes, que vai decidir sobre a adesão de Moçambique àquele órgão.

A delegação também terá encontros com empresas russas do setor de recursos minerais e energia.

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